quinta-feira, 31 de março de 2011

A MULHER ESQUELÉTICA‏



Me chamo Polly, tinha um namorado que me amava muito. Ele gostava do meu corpo e me achava em forma, eu me achava gorda. Resolvi agradar as amigas e não ele. Passei a fazer dietas e mais dietas. Nada de doces, comidas calóricas e muito menos chocolate. Os bombons que ele me dava deixei de lado. Fui ficando magra, magrinha, magérrima. Esquelética mesmo. 

Minhas amigas sempre me elogiando, dizendo que eu estava em forma. E eu toda contente. Mas não percebia que minha vida estava mudando. Meu namorado cansou de me dizer que eu estava muito magra e me trocou por outra,“gordinha”. 

Confesso que não entendi. Eu toda em forma e ele me troca por uma gorda. Continuei minhas dietas e regimes e quase nem comia mais. Tinha dia que era somente duas folhas de alface, outro duas bolachas de água e sal. Fui me dar por conta, quando tive que ir ao médico devido a um mal súbito, desmaio mesmo, sabe? E ele disse que eu estava couro e osso. 

E, pior, doente. Sim, doente. O doutor me disse que se continuasse assim eu iria parar no cemitério. Doeu! Foi aí que caí na real e percebi que estava me acabando, sumindo, morrendo. Então percebi que ainda tinha tempo de me recuperar. 

Parei de dar ouvidos às minhas amigas, pois elas nem mais andavam comigo por vergonha. Voltei a me alimentar bem, com a ajuda de um nutricionista. Ganhei peso, aos poucos recuperei a forma, encontrei um cara que me ama e vou até me casar. E não é que minhas amigas se aproximaram de novo e dizem que eu estou criando pneuzinhos? Mas quer saber, não estou nem aí. Tô em forma, tô feliz.

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