Sejam Bem Vindos

Espero que curtam e acompanhem meus posts. Conto com a participação de vocês com comentários, sugestões e até mesmo críticas, desde que construtivas.

O Cego de Jericó

Com certeza Bartimeu saiu de casa aquele dia para mais um dia de rotina. Vs. 46 – Sentado à beira do caminho (solitário) - Jesus era seguido de seus discípulos e grande multidão, ele poderia pensar: “será que ele me notará, fará alguma coisa por mim?”

O Vulto da Mulher da Foice

Diz a lenda que em uma pequena cidade do interior, um vulto de uma mulher vestida de negro e com uma foice em punho era vista em pontos diferentes do lugarejo altas horas da noite por muitas vezes.

Seus Olhos

Seus olhos me olham profundamente, Num brilho que reflete em minha alma, Lá no fundo eles me dizem o que seu coração espera,

É Verdade Amor

É verdade amor Não tem mais como esconder O que sinto por você. Relutei, não queria aceitar Pensava: Ela é minha amiga, não posso me apaixonar

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

MILAN X BOTAFOGO – O PENALTY















Técnicos de futebol vivem mudando de times, ora estão treinando um grande time, ora um time intermediário ou até algum time de segunda ou terceira divisão, isso não importa muito, desde que sejam bem remunerados. 

Na verdade os salários são pagos de acordo com o desempenho do professor ao longo dos anos. Alguns já famosos costumam receber salários astronômicos e outros desconhecidos ou em início de carreira, além de ganhar pouco, tem que lidar com um punhado de cabeças de bagre, pernas de pau, perebas, ou, se você não entendeu ainda, ruins, muito ruins mesmo. Acontece às vezes de algum veterano em final de carreira ir jogar no meio desses “craques” ganhando umas trezentas vezes mais que o elenco.

Bom, ao longo de suas carreiras, os técnicos costumam manter rixas com colegas de profissão, ou digamos inimigos, rivais... Não importa o handicap de cada um, o que importa é que quando os mesmos se encontram em uma partida querem vencer a qualquer custo.

Um certo dia, em um ano qualquer, foi marcado um amistoso(hein?) entre Milan x Botafogo, jogo em campo neutro, o KARMO’S BALL STADIUM.

O comando técnico do Milan ficou a cargo do conhecido John Fall Fall, o nome tem haver com seu retrospecto como treinador, poucas vitórias, muito poucas e uma enormidade de derrotas. A frente do Botafogo estava Craudin Mad que até o momento nunca havia perdido para o Fall Fall.

A bola rolou e o Milan foi pra cima e numa investida de Kaká ao ataque, colocou Shevchenko na cara de Renan, o goleiro do Fogão (duas bocas, devido à pobreza dos times cariocas, nem forno tinha), o atacante estava sendo perseguido pelo zagueiro André Luiz (conhecido por punir árbitros com cartão amarelo) que nem joga mais no BFR, mas estava nesse jogo a convite de Craudin devido sua raça e loucura (perde a cabeça sempre, o problema é que custa a encontrar). 

Nesse momento alguém na torcida gritava bem alto, aperta quadrado, aperta quadrado Fall Fall. A confusão foi grande na área e Shev caiu, o juiz marcou penalty e Renan foi expulso. Craudin quase invadiu o campo, chiou absurdo, gritou, esperneou e queria tirar o time de campo, mas convencido pelo único torcedor continuou em campo com seu time. Castilho entrou no lugar de Alecsandro que hoje joga no Inter de Porto Alegre e o penalty foi cobrado, não me recordo mais por quem e... goooooooooooooooooooooool do Milan.

Depois foi reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança, reclamação, chorança... cansou? Eu também e o pior é que presenciei tudo.

Depois do gol, o Milan de Fall Fall se fechou e pouco foi ao ataque, era mesmo o dia da vitória, final de jogo e no placar Milan 1x0 Botafogo. Será que eu preciso contar como foi a coletiva do técnico perdedor? Reclamação, chorança...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

PERGUNTAS IDIOTAS, RESPOSTAS CRETINAS


NÃO DEVERIAM TER PERGUNTADO, AGORA AGUENTEM

*Como se escreve zero em algarismos romanos???Dizem que existia uma teoria entre os romanos que o nada não existe. Portanto, é impossível descrever o zero em algarismos romanos. Por exemplo, em arábico o zero é representado por um “O” maiúsculo que significa “ozente”.

* Por que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo?? Você já assistiu aquele filme, Túnel do tempo? Então, teve um episódio que não foi ao ar, que os caras foram parar no desenho dos Flintstones e um deles tinha um gorro de papai Noel no bolso, pois nas horas vagas se vestia do velhinho no Shopping pra ganhar uns trocados. Não precisa dizer que era época de Natal no século XX.
Obs.: Antes que você me chame de energúmeno ou idiota, o século não está errado, é que o filme foi produzido no século passado.


* Por que os filmes de batalhas espaciais tem explosões tão barulhentas, se o som não se Propaga no vácuo??? Você por acaso já experimentou assistir um filme sem som, é a maior droga, pior ainda se fosse sem imagem (apelei). Agora, se quer ir pela lógica das coisas, na maior exatidão possível quando for passar um desses filmes, coloca a tv no “mute” ou então desliga logo essa joça.

* Se depois do banho estamos limpos porque lavamos A toalha??? Cara, deixa de ser trouxa. Nem todo mundo lava a toalha, a maioria manda pra lavadeira ou lavanderia. Tem gente que é besta mesmo.

* Como é que a gente sabe que a carne de chester é de chester se nunca ninguém viu um chester??? (vc já viu um chester? ) Quando passava aquelas sessões de faroeste na tv em quase todo filme tinha um tal de winchester (rifle). Deve vir daí. Se a carne de chester vier disso mesmo, eco. Deve ter gosto de pólvora e chumbo. Melhor comer frango assado ou leitão a puruca no Natal.

* Por que quando aparece no computador a frase 'Teclado Não Instalado', o fabricante pede p/ apertar qualquer tecla??? Pior seria se fosse F8, muitos idiotas já caíram nessa.

* Se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto??? Se você algum dia encontrar um manual de como entender as mulheres, existe uma esperança, ainda que remota de obter a resposta de sua pergunta.
Vê lá, que coisa. Fazer uma pergunta tão idiota dessas. Então, se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto? É besta!!

* Por que a palavra 'Grande' é menor do que a palavra Pequeno'??? Bom, você foi perguntar, agora agüenta. Conta-se uma lenda que um professor de português, de baixa estatura, foi contratado para ensinar o idioma numa terra longínqua. Chegando lá e percebendo que era terra de gigantes, teve graves crises de inferioridade e de sacanagem ensinou a eles que GRANDE era pequeno e PEQUENO era grande. (Cada pergunta tem a resposta que merece).

* Por que 'Separado' se escreve tudo junto e 'Tudo junto' se escreve separado??? Se você já apertou F8 e a resposta não apareceu, vai apertando F1, F2, F3, F4, F5, F6, F7, F8, F9, F10, F11, F12. Ah, você já fez isso e nada aconteceu. Sabe de uma coisa, você é um completo babaca.

* Se o vinho é líquido, como pode existir vinho seco??? Você quer mesmo que eu responda? Vai procurar no Google.

*Por que quando a gente liga p/ um número errado nunca dá ocupado??? Fico pensando a gente ligando para um número. “Alô, Trezentos e quarenta e cinco. Como vai, tudo bem? Sabe de uma coisa? Você não vai alcançar o 346 never, nunca, jamais, kkkkkkkkkkkkkkkkkk.

* Por Que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está Fraca??? Me diz uma coisa, quando a pilha está mais fraca, o controle fica mais leve ou está com anemia aguda?

* O instituto que emite os certificados de qualidade ISO 9002,tem qualidade certificada por quem??? Com certeza(?) pelo ISO 9001. Agora não me pergunte quem certificou a qualidade do ISO 01.

* Quando inventaram o relógio, como sabiam que horas eram,para poder acertá-lo??? Se você souber quem inventou o relógio me diz, pois tem muita gente querendo acertar o cara. Antes de inventarem o relógio ninguém tinha problema com horário. Isso é certo.

* Se a ciência consegue desvendar até os mistérios do DNA,porque ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca-Cola??? Ô imbecil, se ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca Cola, então o que temos bebido esses anos todos? Que tristeza, descobri que a Coca não existe. Fomos enganados.

*Como foi que a placa 'É Proibido Pisar na Grama' foi colocada lá??? Caiu de pára-quedas? Foi carregada pelas formigas? Foi o Obama?
Ora, cale-se, cale-se, você me deixa louco!!!!!

*Por que quando alguém nos pede que ajudemos a procurar um objeto perdido, temos a mania de perguntar: 'Onde foi que você perdeu? Onde foi que você perdeu a inteligência mesmo? Ah, nunca teve né?! Então pra que ta pedindo pra procurar?

* Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo??? Por que ninguém faz os outros dormir pra depois perguntar se estavam acordados, uai.

* Se o Pato Donald não usa calças, por que ele amarra uma toalha na cintura quando sai do banho??? Seu besta, você está muito desinformado. O Pato Donald assinou um contrato de publicidade com uma grande companhia de toalhas para ser garoto propaganda. Se você observar bem, verá na peça que ele usa a etiqueta da empresa.

Mande esta mensagem para 10 ou mais pessoas e quando aparecer a confirmação de envio, uma coisa é certa, seus e-mails foram enviados. Agora, pra saber se chegaram ao destino, é melhor perguntar pra saber. Ou então aperte F13.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O JOGO AINDA NÃO ACABOU

Nunca pensei, ou pensei pouco no assunto.Talvez não tenha tido tempo pra isso,pra pensar no futuro bem lá na frente.Pensava no daqui a pouco,no amanhã,pensava em como melhorar de vida, em trabalhar pra pagar as contas diárias ou mensais. 

E como estamos acostumados conosco mesmo, olhamos no espelho todos os dias e parece que tá tudo bem,mas de repente você começa a perceber as ruguinhas, aparecerem olheiras, vista cansada (vou mesmo ter que usar óculos), começa a sentir mais dores em várias partes do corpo. Um probleminha aqui, outro ali, sabe como é né? Já estou na faixa dos quarenta, beirando os cinquenta,aí você pensa: Não conquistei nada, pelo menos de material. 

Começa a pensar na aposentadoria, não em aposentar agora,mas em como se aposentar um dia, mesmo que lá na frente... Uma coisa é certa, o corpo pode não acompanhar tão bem agora,mas temos que manter o espírito jovem, manter o bom humor, mesmo nos momentos difíceis. Curtir com a nossa própria cara, rir sozinho, em qualquer lugar,mesmo que alguém nos ache louco, biruta, ou coisa parecida.

O importante é nos sentirmos bem, felizes.Ter bons amigos. Pessoas que não se importam com sua idade,mas pelo que você representa, pelo que você é. É isso aí... Lembre-se: espírito jovem, bom humor, e bola pra frente,porque o jogo ainda não acabou, estamos no primeiro tempo ainda.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O SONHO 2 - Lugar Lindo


Era um lugar muito bonito, somente natureza. Muitas plantas, muita vegetação, pássaros, animais silvestres, de longe se avistava uma cachoeira, a queda de suas altas águas formavam espumas ao tomar o curso daquele rio. 

Árvores frutíferas tinha pra todo lado, ao norte podia-se ver uma seqüência de coqueiros, alguns mais altos, outros menores, parecia uma grande família junta seguindo viagem, mas não saíam do lugar. Tucanos, araras, papagaios, anus e outros vários pássaros voavam por ali de galho em galho comendo, saboreando as frutas. Frutas essas que pareciam ser muito saborosas. Nunca havia visto outras como aquelas.
 

Ás águas do rio, límpidas, cristalinas, puras, seguiam tranqüilamente seu curso, parecia saber claramente para onde estava indo. Com certeza desaguariam no mar ou em outro grande rio bem lá na frente, quilômetros dali. Ele era tão cristalino que podia-se avistar os peixes de várias espécies nadando, fazendo acrobacias, diversos e interessantes movimentos.
 

Os demais animais seguiam seu rumo, sua rotina por ali, numa tranqüilidade quase nunca visto em outros lugares. Tudo em paz.
 

Abelhas e beija flores beiravam as flores existentes naquele lugar. Flores lindas, qualidades das quais creio nunca ter visto antes. Parecia um jardim secreto criado por Deus.
 

O céu azul repleto de grandes e pequenas nuvens que formavam silhuetas de seres celestiais e a noite podia-se contemplar o negro céu enfeitado pelas reluzentes estrelas e a prateada lua.
 

Curioso, ali não existia violência nenhuma. Nem carros, motos, aviões, navios, nem veículo algum. O ar era limpo e puro sem poluição.
 

Difícil descrever com clareza tudo que havia ali. Era de uma beleza incomparável, de uma pureza celestial, de uma paz indescritível.
 

Apenas nós dois estávamos ali curtindo tanta tranqüilidade, sem problemas, preocupações, sem televisão, rádio, internet, era maravilhoso, mas de repente ouvimos um som metálico tilintando, vibrando... meu celular tocando, alguém me chamando, abri os olhos, olhei para os lados e percebi que estava em meu quarto e que tudo era apenas um sonho, que pena...
 

Vou dormir de novo, quem sabe tudo se repete.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Queda do Beija-Flor






Outro dia de manhã estava sentado na varanda de minha casa, tomando um café e lendo um livro, quando de repente olhei pra frente e percebi que algo despencava do céu em alta velocidade, não, não era um avião, nem muito menos o Superman afetado por kriptonita, pode ter certeza.


O impacto foi muito forte quando aquele pequeno objeto explodia contra o concreto da calçada, ouvi um plact ou plect, qualquer coisa assim. Levantei-me e fui observar, se fosse o José Cunha (grande e conhecido locutor esportivo na década de 70) teria dito: “Tá lá o corpo estendido no chão”. Era um corpo sim, um minúsculo corpo, penas pretas esverdeadas, normais de um beija flor, bico fininho e comprido. Estava imóvel, também pela queda. Devia estar bem alto, sobrevoando a cidade, a região do Aeroporto, na maior tranqüilidade, cortando o ar, aproveitando o frescor dos altos ares, observando as nuvens, o cenário da cidade lá embaixo, tão distraído que possivelmente não ouviu quando a torre de comando o avisou pelo rádio que tinha saído de sua rota, ou então seu transponder estivesse desligado. Não sei dizer, se trombou com um bando de papagaios, anus, periquitos, andorinhas, ou quem sabe um tucano.


É possível ser um tucano, pois às vezes aparecem tucanos comendo ata (não estranhe, não é um livro de atas de reunião, é uma fruta. Se bem que essas aves comem de tudo. Um papagaio que minha mãe tinha quando eu era criança comeu todo o friso do banco de um táxi que nos levava em uma viagem.) no quintal do vizinho. O que importa é que aquele bichinho estava agora caído em meu quintal, imóvel. Quantos sonhos, projetos, estavam sendo paralisados ali, naquele cimento frio (fria nada, tava fazendo um calorão, devia estar assando, hehe). Por exemplo: cheirar 200 flores até o final do dia, 650.000 até o natal, parar numa montanha qualquer pra troca de penas daqui a dois meses, bobagens desse tipo. Você não queria que ele pensasse em terminar o curso de turismo na UEG, ou juntar uns 20 mil reais na caderneta de poupança, não é mesmo.


Talvez, quem sabe ele estivesse indo ao encontro de uma beija flor, que possivelmente conhecera no Orkut, ou teclava com ela no msn. Bom isso não vem ao caso agora, o certo é que ele estava ali desmaiado, ah, como eu sei? Simples, mexi em uma de suas asas e ele se moveu. O que significa que ele não estava morto, talvez ferido, o que fazer? Ligar pro corpo de bombeiros, quem sabe o Samu? Como ele tinha se remexido, claro, percebi que não estava morto, deixei-o de lado e voltei a me sentar a certa distância, dali a alguns segundos o bicho se levantou e saiu voando como se nada tivesse acontecido com ele. Se fosse um de nós que tivesse caído, teria se levantado, batido a poeira do corpo, dado uma olhadinha meio desconfiada para os lados pra ver se tinha alguém nos vendo e pernas pra que te quero. Ele, é, o beija flor, fez nada disso, voou e nunca mais o vi. Espero que não tenha caído em outro quintal, existem muitos gatos por aqui. Acho que o danado deve ter tido um mal súbito, só isso.

Bom, pra que estou contando essa história? Podemos nos comparar a esse passarinho, e pensar em quantas vezes tivemos uma queda na vida. Sim, quantos planos frustrados, quantos sonhos bruscamente paralisados, como se tivessem tirado o chão de debaixo de nossos pés, é, você sabe do que estou falando. Não foi mole, não é? Na verdade foi muito difícil, doeu muito, talvez ainda esteja doendo. Talvez você tenha ficado ali, estacionado, sem saber o que fazer, pra onde ir, como se levantar, a queda foi muito grande, a decepção foi tamanha. Pode ser que você ainda esteja aí no mesmo lugar, bom, então é hora de se levantar, como aquele beija flor, sacode o pó e volte para a vida. Olhe pra você, pode rir, foi apenas um tombo, volte a voar, a sonhar, se liberte do passado e não tenha medo de arriscar, acredite que tudo pode mudar.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A QUALQUER PREÇO



Hoje, eu preciso de você aqui comigo,

Eu preciso de você a qualquer preço,

Mas não me peça pra deixar de ir ao estádio assistir os jogos do meu time;

Mas não me peça pra deixar de jogar videogame com a galera, quando eu quiser;

Hoje, eu preciso de você a qualquer preço

Mas não me peça pra deixar de acreditar que Jesus Cristo virá pra nos levar

pra uma vida bem melhor.



Baby, eu preciso de você a qualquer preço

Mas não me peça pra fazer o que eu não gosto;

Mas não me faça de um bichinho encoleirado trancafiado no seu mundo.

Baby, eu só quero te curtir do meu jeito,

Romântico, apaixonado, mas livre como um pássaro que voa em revoada, voltando sempre para ti.

Baby, eu preciso de você a qualquer preço,

Me ame, me abrace, me beije e me curta,

Mas não queira me manter em cativeiro,

Apesar de eu gostar da solidão.

Hoje, eu preciso de você...



** imagens da internet

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

UMA RELAÇÃO PORNOGRÁFICA II (A cópia das cópias)

Dia movimentado no centro de uma grande cidade. Gente andando pra todo lado, apressados ou não. Calçadas lotadas de pessoas em várias direções, homens e mulheres de todas as idades indo ou vindo de algum lugar com alguma missão. Seja ela trabalho, compras, visita, em vão. 

Isso não importa. Importa sim sabermos que enquanto seguem seu caminho cada uma dessas centenas de pessoas tem sua própria vida, sua própria história. 

Pobres, ricos, miseráveis, todos tem uma vida cheia de sonhos, pretensões, projetos, enfim. Alunos que estudam pra se formar, outros apenas por exigência dos pais ou do sistema, cada vez mais exigente quanto a diplomas e certificados para entrar no mercado de trabalho. Por outro lado mulheres grávidas que contam os dias, torcendo pra chegar no nono mês logo, pra essa criança nascer. 

Algumas dessas mulheres planejaram essa gravidez e estão felizes, outras não. Um acidente de percurso, um erro, sei lá. O certo é que ambas estão grávidas.
Não há tempo pra enumerar tantas pessoas e suas possíveis histórias cotidianas, escritas ao longo das horas e dias afinco.

No meio dessa turba caminha cabisbaixa e pensativa uma mulher, madura, experiente, uns quarenta, quarenta e cinco anos. Uma mulher sem nome, sem endereço (isso não importa). O único registro que se tem conhecimento dela é seu e-mail: mulhersemnome@semdocumento.com.br (que droga de e-mail é esse).

Havia saído do trabalho e caminhava com um rumo certo. Enquanto ela não chega em seu destino, podemos pelo menos imaginar como teria sido sua vida até então. Quando jovem se mudou pra capital pra poder estudar e formou-se em algum curso superior, talvez advocacia, secretariado ou administração. Pelos seus trajes, muito bem vestida, bem maquiada, os cabelos longos tinham passado por uma escova progressiva e estavam lindos, apesar de eu preferir os cacheados. [Que eu tenho com isso afinal, ela é apenas uma mulher numa história]. 

Carregava uma pasta, possivelmente continha documentos importantes. Talvez estivesse indo ao Fórum. Sei, pelo que me parece, ou pelo menos é o que minha mente me manda digitar, ela nunca havia se casado, se preocupou tanto com os estudos que não tinha tempo para os rapazes. Solteirona, morava sozinha e se dedicava ao trabalho e aos seus dois gatinhos siameses que cuidava com o maior carinho em casa. 

Gostava também de plantas e tinha um jardim em casa, onde morava, num bairro nobre da cidade. À noite costumava navegar na internet, passava por sites de relacionamento, talvez em busca de alguém pra conversar, combatendo assim a solidão. Na sala de bate papo apareciam quase sempre o Gatoneblue, a Marysolo, a Soleisolei, a Mimosa, parece até uma vaca. Até o Tição do Barro Fundo aparecia por lá. Algumas vezes apareceu o Desespero Sex em pessoa, virtual claro.

Enquanto isso ela continua sua jornada, as horas vão passando e a noite vem chegando, qual será o destino dela?

Em outro ponto da cidade caminhava um homem, que acabara de descer do coletivo e quase teve sua carteira afanada por um tal de Afanásio Já Sabe. Ele nem percebeu, devido estar concentrado no compromisso que tem daqui a pouco. Mas um policial que montava guarda por ali, percebeu a intenção do meliante e o prendeu em flagrante e descobriu que usava documentos falsos e inclusive o nome era suspeito. 

O coitado foi preso e depois de algemado foi colocado educadamente no camburão corintiano. Essa noite não seria preciso dormir na rua, debaixo do viaduto enrolado em jornais e papelão. Iria dormir num cimento frio do xilindró da 345ª DP.

Bom, voltemos ao nosso personagem. Um cara simples, de pouco estudo, sabe nada de computador e internet. Acostumado a trabalho pesado, mãos calejadas, “geralista” de estádio de futebol, não perde uma partida de seu time. Mas hoje seu destino não é o campo de futebol. Havia dias que este solteirão tinha marcado um compromisso importante que não perderia de maneira alguma. 

Bom, o cara de uns cinqüenta anos, cabelos grisalhos, cortado bem baixo, barba feita, vestira sua melhor roupa. Uma camiseta pólo azul escuro, mangas longas, calça jeans tipo Lee, índigo blue, tênis All Star que comprou numa liquidação, sorte que tinha seu número, 44.

Na carteira quase roubada estava o dinheirinho juntado com sacrifício para gastar sem economia nesse compromisso.

Ele, diferente dela, não tinha estudado além da 7ª série do 1º Grau. Teve algumas namoradas, mas nunca se casou. Suas namoradas sempre o trocavam por um cara mais rico, com carro ou moto. Ele andava sempre de ônibus e às vezes de bicicleta, um camelo velho que ele tinha. 

Decepcionado com os foras das poucas namoradas, desiludiu e não namora faz muitos anos, já até perdeu a conta.

Sabemos então que os dois tinham um compromisso importante essa noite, algo muito em comum. Caminhavam resolutos para o mesmo lugar.

Em instantes ela se aproxima do local, o ponto de chegada, ele também vindo de outra direção. Meio que empolgados e até distraídos do mundo se chocam, ele se levanta e da a mão para ela. Estavam em frente do cinema e ele a pergunta, também veio assistir o filme. Ela diz, sim.

Nossa câmera focaliza o filme em cartaz: UMA RELAÇÃO PORNOGRÁFICA II.

FIM

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A MENINA ATAREFADA


Esta é a história da menina atarefada. Ela, a menina, desde criancinha sempre vivia atarefada com alguma coisa. Sempre cheia de energia nunca foi de ficar parada, exceto quanto seus pensamentos, sua imaginação entrava em ação.
Morava em uma cidade do interior, histórica por sinal, de ruas tortuosas, morros e vielas.

Certo dia ela estava brincando de bonecas e achou que estava sem graça a brincadeira, sem ação, sem adrenalina. Olhou para o canto de seu quarto e próximo à janela estava aquele velho par de patins de rodinhas que sua mãe já a havia proibido de usar desde sua última investida com o tal. Nem te conto o que ela causou por não saber se controlar sobre aquelas rodinhas. 

Bom, o pior, é que naquele instante, olhando para os patins foi como se acendesse uma luz sobre sua cabecinha futuramente ruiva, depois te conto. Levantou-se, largou as bonecas e foi aos patins, já maquinando o que faria. Calçou os patins, pulou a janela e já foi caindo na calçada sem ter tempo de segurar em alguma coisa. Como a rua de sua casa é numa ladeira os patins dispararam numa velocidade incontrolável, ainda mais para ela que nunca se deu bem com eles. 

Esbarrou num vendedor de bolo de arroz que passava esparramando a guloseima pra todo lado. Um ciclista que inventara de pedalar sobre a calçada foi lançado de quatro no meio da rua. Esqueci de dizer que mais abaixo na mesma rua tinha um hospital e quando ela se aproximava um acidentado estava sendo retirado da ambulância e colocado na maca. O doente estava consciente e quando deitava-se na maca olhou e viu aquela menininha descendo como foguete em sua direção e foi o tempo do enfermeiro empurrar a maca e ela passar, meio que descontrolada passou pela rua e foi parar na ponte sobre o rio da cidade. 

Não fosse a alça do suspensório da jardineira que ela usava, teria despencado lá de cima nas “límpidas” águas daquele rio. O resto da dessa história, nem te conto. Não há tempo para isso, visto que me lembrei de quando ela, a menina atarefada estava assistindo televisão e viu uma mulher de cabelo vermelho em um desenho, ou será que era o Pica-pau? Bom, não importa. O que importa é que ela a partir de então resolveu que queria mudar a cor de seus cacheados cabelos. Não sabia como faze-lo e passava seus dias pensando nisso. 

Um dia quando todo mundo tinha saído, ela reparou no vidro de groselha no armário da cozinha, vermelho, vermelho. Você já sabe o que ela fez, pelo menos imagina? Besuntou seus cabelos de groselha e nada de ficar vermelho. O que ela conseguiu foi ser perseguida por todos os mosquitos da região. Outra vez experimentou extrato de tomate e os mosquitos voltaram. Um dia pegou um vidro de xadrez vermelho que era usado pela mãe pra passar no piso da casa. Colocou os óculos escuros de sua tia e começou a passar o produto no cabelo com a escova de barbear de seu pai. Ai, ai, ai, quando a mãe dela descobriu essa arte, hum. 

Foi preciso lavar os cabelos muitas vezes com xampu e condicionador. E seus cabelos continuavam castanhos.
Bom, o tempo passou e a menina ficou cada vez mais atarefada. Atualmente ela já de cabelos vermelhos, pois descobriu que bastava procurar uma boa cabeleireira pra fazer a transformação. Quando se olhou no espelho e viu suas mechas abriu um grande e lindo sorriso. Era como se dissesse: “Yes!”
Seu espírito era mesmo de ruiva.

Agora, crescidinha ela tinha tarefas a executar em casa. Todos os dias era aquela história de bater a poeira dos móveis, arrumar as camas, varrer cômodo por cômodo, recolher o lixo, passar pano e muitas vezes era necessário encerar. Sem contar lavar os quatro banheiros, lavar as vasilhas do jantar e ainda preparar o almoço. Duas vezes por semana tinha que lavar e passar as roupas da casa.

A menina atarefada andava meio cansada dessa rotina e então um dia conversando com uma amiga descobriu que existia um tal de computador e uma tal de internet. Ainda mais, sua amiga lhe disse que na internet ela encontrava de tudo. Enquanto sua amiga falava sua imaginação, fértil que era começou a pensar na possibilidade de encontrar um meio de fazer um clone seu pra fazer suas obrigações diárias enquanto ela ficava a toa de pernas pro ar. Quando tudo estava arrumadinho, sua amiga tasca-lhe um beliscão e diz: “Acorda menina. Me deixando aqui falando sozinha enquanto você pela ‘quinquionésima’ vez viaja em suas histórias”.

Bom, apesar de sua amiga ter saído chateada, ela nem se importou, correu até uma loja de informática e comprou um computador e encomendou a instalação de internet, banda larga claro, pois ela era muito espaçosa, ihhhhh!
Bom, a intenção era de descobrir um meio de cuidar de suas tarefas caseiras sem ter que mover uma palha.

Assim que tudo estava instalado em sua casa, sua vida virtual começou. A questão é que logo descobriu um tal de msn e foi adicionando contatos e mais contatos que quase não tinha tempo pra mais nada a não ser conversar no msn. Ela gosta tanto de vermelho que ao invés de uma foto sua no perfil do messenger, colocou uma foto do pôr-do-sol, bem vermelho.

Um dia, em suas pesquisas, apareceu a foto de um homem na lua e então ela começou a imaginar-se andando sobre nosso satélite natural. Onde ela na verdade passava a maior parte de seu tempo, no mundo da lua. Além de encontrar o astronauta americano e perguntar a ele porque a bandeira dos Estados Unidos e não a do Brasil ele estava fincando em solo lunar. Encontrou também São Jorge e perguntou pra ele como ela poderia se livrar de suas tarefas diárias, e quando ele ia responder, ela ouviu o sonsinho do msn chamando. 

Era um contato seu, um tal de menino momentaneamente parado, é que o cara estava desempregado. Em sua conversa com ele, digitava uma frase, corria dava uma varridinha no quarto, digitava outra frase até que veio a idéia de arrumar um robô pra fazer seu serviço. Ela mesmo se lembrou do desenho dos Jetsons, onde eles tinham uma robô doméstica que cuidava das tarefas da casa e ainda não recebia salários pra isso. Surgiu então a idéia de seqüestrar Rosie, a robô do Jetsons, mas não seria fácil, pois o cão Astor estava sempre atento vigiando a casa.

Era hora de colocar a cabeça em ação pra bolar um plano que fosse perfeito. O grande problema é que ela vivia num mundo quase real e a robô era um mero desenho animado. Além do mais suas tarefas não eram virtuais e estavam lá pra serem executadas todos os dias.

Ficou imaginando a poeira, o lixo e toda sujeira da casa se acumulando e então resolveu que o seqüestro teria que acontecer o mais rápido possível.
Como essas coisas não podem ser feitas sozinha, pois tem sempre que ter um cúmplice, então chamou o menino momentaneamente parado pra lhe ajudar.

Sabia ela que a melhor maneira de bolar um plano era dormindo. Lembrou-se que sempre quando fazia suas maiores estripulias havia sonhado com alguma coisa na noite anterior. Uma vez fez até uma viagem para a Amazônia e só não foi executada por uma tribo indígena porque sua mãe a acordou pra ir pra escola. Ufa! Que alivio. Como já era noite, foi dormir. A ansiedade era tanta que nem desligou o pc, não escovou os dentes, nem mesmo deu comida pro papagaio (dormiu com fome o coitadinho). 

Não conseguia pegar no sono, pois ficava pensando na Rosie limpando sua casa todos os dias e sorria sozinha iluminada pela luz do abajur cor de rosa em sua cabeceira. Bem que ela queria um vermelho, mas sua mãe não gostou nem um pouquinho da idéia. Será porque, ah, deixa pra lá.
Dormiu, e dessa vez a menina atarefada nem parecia ela mesma. Estava quietinha na cama, nem mesmo as muriçocas a atormentava. Se fosse numa noite normal, teria rolado, remexido, batido nos pernilongos.

Mas aquela noite era especial. Enfim, sonhou.
Ela e seu comparsa estavam vestidos de palhaços com cabeleiras vermelhas, macacões azuis e voavam dentro de uma canoa, foram parar no espaço e viram muitas e muitas estrelas passarem, sobrevoaram cidades, cruzaram com banheiras, cadeiras, panelas, vassouras e tanquinhos voadores, coisa mais estranha. Tinha até um papagaio que mais parecia uma arara vermelha pedindo comida o tempo todo. O som da canoa voadora deles era um misto de ronco com o zoado de muriçocas. Tinha até um sol vermelho no cenário que se montava no decorrer do sonho. Barulho de msn, e sons variados, normais de computadores tilintavam pelos ares.
 
Em determinado momento eles chegaram numa cidade onde as casas mais pareciam aqueles porta bolos de confeitaria, redondas com uma tampa transparente. Quando viram estavam próximos da casa dos Jetsons e Rosie estava em sua cama dormindo. Uai, robôs dormem. Bom, nessa história aqui sim. Estacionaram a canoa foguete sobre o telhado de uma casa ao lado e amarraram a boca do papagaio com fita adesiva, vermelha, pois o famigerado não cessava de pedir comida. “Curupaco, loro, quero comida. Curupaco-papaco, quero comida, loro.” Era melhor que ele falasse “quero comida, ruiva”.
 
Cada um tinha um ventilador de teto preso em suas roupas ligado a um gancho, como se fossem chapéus.
Ela, levava em suas mãos um pacote de sorvete de cereja pra alimentar Astor que já estava atendo quase latindo. No momento que eles adentraram a área da casa ele abriu a boca pra latir e ela enfiou todo aquele sorvete goela abaixo do cãozinho que se calou imediatamente.
 
Já no quarto da robô, eles pegaram um saco de linhagem, sempre vermelho pra coloca-la. E o fizeram com tanta facilidade, que só em sonho. Na verdade, a menina atarefada disse pra Rosie se levantar e entrar no saco e foi isso. A menina estava irradiante com tudo isso. Estava conseguindo executar seu plano de forma irrepreensível. Podia-se notar uma alegria enorme em seu semblante. Em seus pensamentos ela dizia: “Oba, não vou mais ter que fazer todas aquelas tarefas caseiras, agora tenho uma robô domestica, viva, viva. Sou mesmo uma ruivinha de verdade.”
 
Agora, diferente da facilidade pra colocar Rosie no saco, foi a dificuldade para os dois carregarem-na até a canoa. Uma coisa é certa, não faziam nenhum ruído ou então a família Jetsons tinha o sono pesado.

Tudo bem, apesar de ter que carregar a pesada robô, num instante estavam sobre a canoa, ela, a menina atarefada, contentíssima. Ela que muitas vezes questionava essa questão de felicidade. Agora sim, se sentia feliz. Na verdade nunca esteve tão feliz.
Naquele instante soava estridentemente uma sirene, o som era altíssimo...
Foi quando ela acordou. Era seu celular que tocava. Chamada do SAMU, avisando que seu plantão havia sido alterado.


Essa é uma obra de ficção e qualquer semelhança com a vida real não terá sido mera coincidência.

FIM