domingo, 15 de abril de 2007

O CAÇADOR DE RATOS

Sabemos que o cachorro é considerado o melhor amigo do homem, embora eu não concorde com essa afirmação, prefiro os gatos. Já o maior inimigo do homem é o próprio homem, mas há quem discorde afirmando ser os ratos e é aqui que começa nossa história.


Em uma pequena cidade do interior se esconde um herói anônimo, e como todo super herói que se preze ele tem identidade secreta. Sua casa é pequena e discreta interligada por “parede-e-meia” (aí imaginamos o quanto é difícil para ele guardar segredo sobre sua identidade, visto que todas as paredes tem ouvidos). No passado, possuiu carros bens discretos como um TL ferrugem por exemplo e uma Belina II verde, pintada de preto, caindo aos pedaços, mas agora está num Corsa Sedan zerinho (já era merecido).


Para as pessoas da cidadezinha onde mora ele é pastor protestante e sua igreja fica situada numa ruazinha escondida da cidade, mas boa parte da população já encontrou o caminho visto que seu programa numa das rádios locais é bem ouvido (falando pro centro e cochichando pros bairros, imagine na zona rural, o verdadeiro hieróglifo radiofônico).


Nosso herói é casado e pai de duas filhas. A mais velha já casada mora na terra do Tio Sam, onde suspeitamos, devido ser uma ferrenha seguidora do pai, estar em missão especial e secreta estudando aquele país, visto entendermos que ele tem projetos de estender sua clientela até lá (se cuida Jerry), inclusive já esteve nos States por algumas vezes. Já a mais nova parece ser uma espécie de assessora ou secretária especializada em Internet e passa quase que vinte quatro horas navegando em trabalho de pesquisa investigatória buscando informações que facilitem o trabalho de nosso super herói.


Se não deu pra perceber, nosso suposto herói é um exímio caçador de ratos, visto que esses roedores representam grande ameaça à população do planeta Terra. Mas a quem diga que tudo começou em sua infância, em Filadélfia do Norte no Maranhão, quando resolveu criar um casal de ratinhos brancos, e estava muito feliz com eles até que um dia à noite acordou com os “queridos ratinhos” invadindo a gaiola de seu curió de estimação e o “assassinando”, imediatamente o amor que sentia pelos ratinhos se transformou em raiva, muita raiva, levantou-se da cama e os eliminou friamente e a partir daí se tornou talvez o maior caçador de ratos, pra não dizer exterminador.


Atualmente, monta em casa as mais diversas armadilhas no intuído de pegar e destruir seus arqui-rivais. Vive fazendo pesquisas e criando armas para sua perseguição aos roedores. Criou inclusive uma curiosa ratoeira e nem mesmo a comercializou, claro, para não levantar suspeitas quanto a sua missão secreta.


Acredita-se que o principal alimento dos ratos seja o queijo, inclusive isso tem sido propagado por todo mundo ao longo dos séculos, mas em recentes pesquisas feitas por nosso herói, descobriu-se que os bichinhos malvados são fissurados em, acredite, bolo de arroz, típica guloseima dessa cidade. Baseado nessa descoberta ele criou uma espécie de radar que atrai ratazanas, camundongos e outras qualidades (se assim podemos dizer) de roedores (até de laboratório – como sofrem esses ratinhos), usando o aroma desse alimento, para sua casa, uma verdadeira fortaleza, repleta de um vasto arsenal anti-ratos.


Voltando a sua vidinha normal de pacato cidadão (salientando que como Pastor é pessoa integra, e respeitadíssimo no lugarejo, como toda identidade secreta de super herói), nosso herói mantém como hobbie ir ao campo caçar abelhas, mas desconfia-se que lá ele procura por roedores campestres para destruí-los, inclusive, sua espécie encontra-se em extinção. Outra desconfiança nossa é que em busca de armas naturais ele usa as abelhas, que são bem guardadas em caixotes colméias em sua casa, adestrando-as para no momento oportuno atiçá-las contra os coitadinhos.


Como ele mantém tudo isso no mais profundo e completo sigilo não temos muitas informações a dar, mas sabemos ainda que, após executar os inimigos ele os coloca em recipientes adequados e os transporta para ambientes propícios e desertos onde os crema observando todo processo até o fim, e só se retira quando um forte vento assopra as cinzas mortais para bem longe, quando assim ele tem certeza da completa destruição dos meliantes.
Esse é nosso super herói. E sua luta continua, pois ainda existem muitos ratos por aí, e os mesmos se proliferam de forma fantástica.
Cuidado ratinhos, o “Mundim” tá na área.


ATENÇÃO: Essa história é fictícia, mas te advertimos, qualquer semelhança com fatos reais não terá sido mera coincidência.


Ah, ainda em tempo, prefiro usar a arma natural contra essa peste, os gatos.

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